segunda-feira, 9 de agosto de 2010

"Educar é construir sujeitos semelhantes aos seus ancestrais"

Quanto mais descobrirmos nosso pertencimento étnico-racial, mais vamos nos gostando. Imagine nossas crianças negras, com seus dengos, seus gingados, seus remelexos, suas heranças religiosas,seus jeitos de ser e de agir, de saborear e de saber aprender a Ser e a Conviver com seus semelhantes como iguais, vão desconstruindo os mitos e paradigmas de que "negros não eram nada, não sabiam nada, e não faziam nada".Orientar nossas crianças e adolescentes originários sobretudo da raiz africana, é por assim dizer, ajudar a se gostar mais. Precisamos mostrar para nossos alunos, que não só herdamos coisas negativas de nossos ancestrais, como o curriculo branco escolar brasileiro, ainda é permeado pois na maioria do livros infantis das escolas públicas, não encontramos as Rainha, as Pérolas Negras que construiram o nosso país.

Se continuarmos a reproduzir leituras e falas que discriminam e inferiorizam os nossos anscestrais africanos, é provável que o imaginário de nossas futuras gerações sobre a Africa não sofra modificações significativas.Se nossos livros didáticos continuarem a reproduzir a história do "povo negro como inferior", sem uma crítica histórica pontual, se não mudarmos os textos explicativos acerca da História d'Africa e da escravidão, tal tarefa se tornará praticamente impossível de ser bem sucedida.

É preciso construir uma outra história. Defender uma política educacional pautada no respeito entre as raças, na busca incessante de ensinar dentro dos principios educacionais atuais, no Aprender a |Ser, a Fazer, a Conhecer e a Conviver.

Ensinamentos


A Sabedoria dos nossos ancestrais nos oferece o conforto de saber que aqueles que morrem, não desaparecem.

Passam a habitar outro plano da existência.

Passam a fazer parte da energia que movimenta  nossas vidas e todos nós.

É parte do que somos.

Autor desconhecido.


Uma das maiores conquistas do nosso tempo é o reconhecimento da cultura. E a partir desse reconhecimento compreendermos a educação como um processo de "construção de sujeitos semelhantes aos seus ancestrais".

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Uma Lei Para Romper o Silêncio

Lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1. A Lei n. 9394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 26-A, 79A e 79-B:
  
"Art. 26ª Nos estabelecimentos der ensino fundamental e médio, oficinas e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira.

$ 1 O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluírá o estudo da História da Africa e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas área social, econômica e política pertinentes à História do Brasil.

$ 2. Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o curriculo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileira.

$ 3. (VETADO)

Art. 79ª (VETADO)

Art.79-B. O Calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como o "Dia Nacional da Consciência Negra".

Art. 2 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasilia, 9 dejaneiro de 2003; 182. da Independência e 115 da República.

Luiz Inácio Lula da Silva